Camisa de Vênus comemora 35 anos em Porto Alegre

O Camisa de Vênus volta ao Araújo Vianna nesta sexta-feira, com o show da turnê comemorativa dos 35 anos de fundação banda. Com Marcelo Nova e Robério Santana membros da formação original a banda traz todos os seus sucessos de volta nesta turnê. Eles contam com a participação de Drake Nova (filho de Marcelo e guitarrista), Leandro Dalle (guitarra) e Celio Glouster (bateria). No sábado, o show será em Novo Hamburgo, no Teatro Feevale.
A primeira apresentação da banda na capital dos gaúchos foi em 1984, no mesmo local do show de hoje. Após o lançamento do quarto disco, Marcelo Nova dedicou-se a carreira solo. Depois disso a banda voltaria a se reunir, apenas em ocasiões especiais.
O repertório reúne faixas conhecidas, como “Eu Não Matei Joana D’Arc”, “Hoje”, “Simca Chambord”, “Só o Fim” e “Silvia”. O Porto Alegre Cultura entrevistou o co-fundador e baixista da banda Robério Santana, confira.
Porto Alegre Cultura — De quem partiu a ideia da turnê comemorativa?Robério — O empresário ligou para o Marcelo e lembrou que vamos fazer 35 anos de história, e o Marcelo veio com essa ideia de fazer a uma turnê para essa data especial. Em seguida me ligaram e eu já concordei, até porque existe uma lacuna dentro do rock brasileiro acho que o momento é perfeito.
Como foi esses primeiros shows da turnê? Pelo que você tem percebido, é um público mais jovem ou uma mistura de gerações?Os primeiros shows foram uma surpresa bacana desde o primeiro no Rio de Janeiro. O Camisa de Vênus é uma banda que esta a muito tempo fora da mídia quando nós subimos no palco do Circo Voador, o que me surpreendeu além do publico, foi a faixa etária, a maioria era de jovens eu vi uma rapaziada nova na faixas dos seus 20 e poucos, todo mundo cantando as musicas do Camisa de Vênus como se fosse uma banda que lançou um disco ano passado, eu diria que já chegaram sabendo fizeram seu dever de casa. Hoje em dia o Camisa de Vênus tem uma boa parte feminina na plateia, coisa que não tinha no passado, o rock na verdade era bem limitado pro publico feminino e hoje não.
Como foi a seleção do setlist, e o que podemos ver em Porto Alegre?Foi difícil porque ficou eu e o Marcelo pensando no que seria  montar um repertorio para uma turnê de 35 anos. Cheguei a conclusão que se fosse colocar todos os hits ia dar mais de 4 horas de show então começamos a escolher algumas preferenciais e chegamos a conclusão de que praticamente todas as musicas são hits e que a plateia vai cantar o tempo todo. Isso ajuda, eu acho que o Marcelo é o único vocalista que não fica rouco. Vamos tocar algumas do Batalhão de Estranhos de 1984, e do Correndo o Risco de 1986.
Depois desta turnê, pode-se esperar um novo disco da banda?
Rapaz… Nós estamos fazendo uma coisa de cada vez agora nós estamos focado na turnê, se chegar lá na frente e se estiver todo mundo confortável por quê não? Mas eu não queria antecipar nada antes de chegar lá.
Como você vê a atual cena do rock? O que tem escutado nos últimos tempos?
Eu vejo que as bandas da atualidade são as mesmas dos anos 80. Tem o RPM que esta em turnê faz algum tempo, o Ira! que voltou recentemente, bandas que continuam na atividade. Mas não tenho escutado muita coisa, a cena atual esta se repetindo.
Uma mensagem para os fãs gaúchos?
Não percam é uma chance única, quer dizer eu falo única não quer dizer que vai ser a ultima, mas eu digo não percam principalmente o publico jovem que nunca viram o Camisa de Vênus é imperdível.


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