Resenha de Filme: Reza a Lenda


Desde o último “Tropa de Elite” não víamos um filme tão sangrento e violento nos cinemas brasileiros, "Reza a Lenda" chega para acabar com esse hiato. O longa dirigido por Homero Olivetto, abrange diversos gêneros que vai da seca no sertão a religião. Com ótima fotografia e trilha sonora que envolve o público em cenas de ação, o filme se passa na caatinga nordestina e gira em torno de Ara (Cauã Reymond), religioso fanático que rouba a imagem de uma santa e acaba comprando briga com o proprietário da imagem, o Coronel Tenório (Humberto Martins), que sai a procura de Ara e seu bando pelo sertão. Ara acredita que precisa trazer a chuva de volta as terras nordestinas custe o que custar e por isso vai atrás de pessoas perigosas.

Quem espera ver uma “versão brasileira de Mad Max”, o filme toca em assuntos relacionados ao enredo do mesmo como, por exemplo, a falta d’água e um cenário apocalíptico, além das motos e perseguições ao estilo George Miller. Outro fator que deixa o filme bastante parecido com Mad Max é o figurino do elenco, poderíamos comparar Severina (Sophie Charlotte) a Furiosa (Charlize Theron), ou não, isso cabe a sua imaginação!
 

A performance de Cauã Reymond, segue o padrão que ele havia apresentado em séries como “Amores Roubados”, “O Caçador” e o filme “Alemão”, todas produzidas pela TV Globo. Já Sophie Charlotte deixa a desejar interpretando a jovem Severina, sua atuação é bem abaixo do esperado e se perde cada vez mais no decorrer da história e de protagonista vira co-protagonista perdendo espaço para Luiza Arraes (Laura), que cai de paraquedas na história e vira o foco principal. Humberto Martins parece que nasceu para ser um Coronel, seu jeito de falar e algumas atitudes deixam seu personagem perturbador e assustador ao mesmo tempo.

Ao todo o é um bom roteiro, destaca alguns gêneros pesados como abuso sexual e coronelismo em uma terra esquecida por deus. Tem um desenvolvimento legal, trilha sonora boa e fotografia impecável. O filme não segue os clichês cinematográficos brasileiros, tem algumas cenas boas de ação, mas peca nos efeitos especiais em algumas cenas fica parecendo uma esquete de algum filme antigo. O longa está longe de ser o melhor filme brasileiro, mas vale dar uma conferida. 

Nota: 7


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